sábado, 11 de março de 2017

Filmes Para Amantes De Fotografia

O Grande Hotel Budapeste (2014)
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O filme com direção e roteiro de Wes Anderson, se passa entre a primeira e a segunda guerra mundial, onde o famoso gerente do Grande Hotel Budapeste conhece um jovem empregado do estabelecimento e eles acabam virando melhores amigos. Juntos, descobrem o roubo de um quadro famoso do Renascimento, a batalha de uma família pela fortuna e as primeiras transformações históricas do século XX. O filme teve 9 indicações ao Oscar em 2015, entre elas de Melhor Fotografia.
Wes Anderson é conhecido pela sua estética impecável em suas obras audiovisuais, ele e sua equipe têm o dom para escolher a cor, ângulo, enquadramento certo para cada cena, cada momento, cada frame. Wes usa e abusa de cores pastéis com uma pegada bem vintage, o cenário sempre é bem estruturado e colorido, a fotografia é simétrica e com ares minimalistas, e um de seus enquadramentos favoritos seria o plongée (ou seja, a câmera filma o objeto de cima para baixo).
O Regresso (2015)
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O longa é baseado na história real de Hugh Glass e se propõe a contar as desventuras deste homem que sobreviveu ferido e perseguido por índios no inverno congelante do norte dos EUA. Um filme que foi notoriamente gravado em condições longas e difíceis. Para o diretor de fotografia Emmanuel “Chivo” Lubezki, as condições foram necessárias para comunicar a experiência: “Nós queríamos fazer um filme que era imersivo e visceral. A ideia de usar luz natural veio porque queríamos que o público sentisse, eu espero, que as coisas estavam acontecendo de verdade”.
Emmanuel já gravou sob tais condições anteriormente, mas esta foi a primeira vez em que ele não utilizou luz artificial, exceto por um momento em que o fogo de uma sequência no filme estava se comportando de forma inesperada, e eles precisaram recorrer a algumas lâmpadas para criar a luz proveniente do fogo. E durante todo o filme, Emmanuel utilizou apenas lentes angulares, de 12 a 21mm, justamente para causar essa sensação de imersão para o espectador e aproximar o público da história.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (2001)
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O filme dirigido por JeanPierre Jeunet, tem como diretor de fotografia Bruno DelBonnel. O trabalho meticuloso do diretor Jeunet nessa obra, fez dele um ícone de fotografia e direção de arte. Para ele, a realidade já é muito cruel, o que faz com que busque criar imagens fantasiosas sobre a própria realidade. A peculiaridade na escolha e no uso das cores dá um ar poético e melancólico ao filme, com sensibilidade e ao mesmo tempo intensidade de todas elas, que estão no cenário, figurino, filtros de lente e também foram utilizadas na edição.
O filme conta a história da doce e ingênua Amelie, uma menina que cresceu sob os cuidados de pais superprotetores que a proporcionaram uma infância solitária. Após certa idade Amelie se muda para Paris, onde encontra uma caixa antiga escondida em seu apartamento e resolve devolvê-la ao dono, decidindo que se o dono da caixa ficasse feliz ela sempre iria ajudar as pessoas. Os personagens principais são caricatos e fora do comum, parecendo ter saído de um livro de histórias infantis e suas histórias entram em foco ao longo do filme, todos recebem algum tipo de ajuda da protagonista, mas o que não era esperado era que ela encontrasse alguém para deixa-la feliz, e começa uma jornada romântica e sensível para encontrar um rapaz misterioso pelo qual ela se apaixonou.
A Lista de Schindler (1993)
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O longa narra a história de Oskar Schinder, o homem responsável por salvar mais de mil judeus da inevitável morte no Holocausto. Stevel Spielbeg é o responsável pelo filme que é quase todo em preto e branco. Spielberg disse que queria trazer uma atmosfera de documentário e que a falta de cor era a melhor representação para a época. “Para mim a cor é o símbolo da vida. Por isso um filme sobre o Holocausto tinha que ser em preto e branco”. Além disso, Spielberg conta com a iluminação perfeita do diretor de fotografia Janusz Kaminski.
Birdman (2015)
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O longa traz a história de Riggan Thomson, ator atormentado pelo único papel de sucesso de seu currículo, o super-herói Birdman, enquanto busca reconhecimento pelo seu novo sério projeto da Broadway. O diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, levou o Oscar pela Melhor Fotografia.
Into the Wild (2007)
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Inspirado no livro homônimo, escrito por Jon Krakauer, sobre a vida de Chris McCandless, o longa conta a história do jovem que aos 22 anos largou sua estável vida de bom aluno e classe média-alta para partir em busca de liberdade e aventura. Deixou para trás também a sua própria identidade, rebatizando-se Alexander Supertramp. Com um destino em sua mente, o longínquo e desabitado Alasca, ele foi cruzando o continente e as vidas de muitas pessoas que lhe davam carona, casa ou um emprego temporário.
É imprescindível a participação do diretor de fotografia Eric Gautier (Diários de Motocicleta), que passa o filme equilibrando a importância do protagonista com as paisagens ao seu redor.
A Invenção Hugo Cabret (2011)
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Ambientado em Paris nos anos 30, o filme traz a história de Hugo Cabret, um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado por seu pai. Um dia, ao fugir do inspetor, ele conhece Isabelle, uma jovem com quem faz amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura existente no robô. O robô volta então a funcionar, levando a dupla a tentar resolver um mistério mágico.
A Invenção de Hugo Cabret faturou os principais prêmios técnicos do Oscar. Com uma fotografia primorosa, dourada e cheia de luz (recriando bem a Paris da época), alguns movimentos de câmera improváveis surgem a todo instante, revelando cenários de tirar o fôlego, que são valorizados com a ótima montagem.
Moonrise Kingdom (2012)
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Situado nos anos 1960, com roteiro de Wes Anderson e Roman Coppola, o filme conta a história de um jovem casal que se apaixona e decide fugir. Os líderes da cidade começam a disseminar a ideia de que eles foram sequestrados e iniciam uma busca.
O diretor fotográfico Robert Yeoman escolheu cores pastéis, paisagens que poderiam ser coloridas, mas tornam-se parte do imaginário dos protagonistas, que enxergam as cores do mundo em alguns ambientes de forma bastante destacada – mas não veem tais cores como adornos ou possível causadoras de sensações. As cores apenas estão lá; os ângulos, precisos e retos, em longos e elaborados planos, também ilustram a personalidade de seus protagonistas; assim como o comportamento dos adultos, infantilizados – ou apenas expondo seus verdadeiros pensamentos.
Gravidade (2013)
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Emmanuel Lubezki, responsável pela fotografia do filme, grande vencedor do maior prêmio do cinema americano em 2014, levou para os cinemas do mundo inteiro uma nova e inspiradora visão da imensidão em que nosso planeta flutua, um plano de fundo cheio de beleza e detalhes contrastante para a frieza da história e agonia da personagem vivida por Sandra Bullock.
Conquistou com “Gravidade” seu primeiro Oscar de melhor fotografia, sendo sua 6ª indicação. O filme é a sexta colaboração entre Lubezki e Alfonso Cuarón no cinema e conta a trajetória de uma astronauta que fica à deriva no espaço. Possui um enredo direto, mas se destacou por conta da qualidade estética e técnica com que foi feito. Para quem assiste o filme, principalmente nas telas maiores, a sensação é de que o diretor foi até o espaço com todo o seu equipamento fotográfico para captar as melhores imagens.

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